O atendimento e o tratamento são feitos por uma equipe especializada. Dependendo da gravidade do acidente, o soro necessário é administrado pela equipe de saúde.
O médico Matheus da Silva atende o paciente Wirisson Nunes em Mojuí dos Campos. (Foto: Semsa/PMMC)
A Unidade Mista de Saúde de Mojuí dos Campos, administrada pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), oferece atendimento 24 horas para vítimas de animais peçonhentos e dispõe de soros para tratamento adequado. Com uma equipe qualificada e preparada para lidar com emergências desse tipo, a unidade garante assistência imediata e especializada para a população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O soro é administrado no paciente de acordo com a gravidade.
Wirisson Nunes, de 18 anos, é da comunidade São Raimundo do Moju, zona rural do município. Ele foi picado por um escorpião na coxa esquerda. Ele conta que o acidente foi no banheiro, por volta das 10h30. O animal estava na toalha. O jovem foi socorrido de ambulância até a Unidade Mista de Saúde, onde recebeu os cuidados necessários. Foram administradas duas ampolas de soro antiescorpiônico. Após a administração do soro, ele ficou em observação e recebeu alta seis horas depois.
"É muito importante que o paciente procure o mais rápido possível o setor de emergência para que seja avaliado pelo médico plantonista a fim de identificar se o acidente é leve, moderado ou grave, visando fazer o tratamento com soro, se necessário. Em um caso grave, com sinais sistêmicos importantes, o paciente precisa fazer o mais rápido possível o soro. Quanto menor o tempo, mais eficaz será", explicou o médico Matheus da Silva, clínico geral em Mojuí dos Campos.
O médico Matheus da Silva explica ainda que
a pessoa que for picada ou mordida por algum animal peçonhento precisa procurar atendimento imediatamente. "Não tem um tempo exato que precisa procurar, o mais importante é que compareça o mais rápido possível para a avaliação, seja escorpião ou outros animais peçonhentos. E hoje, o Centro de Saúde de Mojuí dos Campos consegue disponibilizar esse atendimento eficaz e esse tratamento. Nós temos o soro que é parte desse tratamento", afirmou.
Entre os soros disponíveis no município, estão o Antiaracnídico -- contra o veneno de aranhas do gênero Loxosceles (aranha-marrom), Phoneutria (armadeira) e escorpiões brasileiros do gênero Tityus; o Antibotrópico -- contra o veneno de cobras jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca e cotiara; o Antilaquético -- contra o veneno de surucucu; Antiescorpiônico -- contra o veneno de escorpiões brasileiros do gênero Tityus; e o soro Anticrotálico -- contra o veneno de cobra cascavel.
"O município hoje dispõe de médicos e enfermeiros capacitados para o atendimento na rede pública de saúde. São profissionais comprometidos em proporcionar assistência de qualidade e em tempo hábil para as pessoas que necessitam de cuidados de emergência relacionados a animais peçonhentos. Além disso, temos o tratamento, que é fundamental, dependendo da necessidade", explicou o secretário municipal de saúde de Mojuí dos Campos, Glayton Rodrigues.
Animais peçonhentos - São os que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros. Os que mais causam acidentes são algumas espécies de serpentes, escorpiões; aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros), e quilópodes (lacraias).
Texto: Adonias Silva
Fotos: Semsa
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